quarta-feira, setembro 15, 2010

O Drº quer os nosos salários iguais aos dos alemães?

O presidente da AICEP diz que Merkel pretendeu alertar Portugal para os riscos de "aumentar salários com perda de competitividade".

"Não vejo Angela Merkel a dar um puxão de orelhas a Portugal, essa não é a intenção dela. Ela chama a atenção para uma questão que ainda há pouco tive oportunidade de dizer", sustentou Basílio Horta.

Para o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a chanceler alemã deixou o alerta para aquilo que considera ser um dos problemas mais sérios que Portugal tem.

"Nós temos de ter um grande equilíbrio entre o bem estar das pessoas e a competitividade da nossa economia, porque, se nós queremos aumentar os salários perdendo competitividade, estamos a criar desemprego", sublinhou.

Basílio Horta defende que há empresas que terão maior liberdade salarial, no entanto, para outras o aumento de salários poderá significar a sua morte.

"Nesta fase, creio eu, dificilmente se poderá entender que haja aumentos no setor público, já que se pretende cortar a despesa pública", acrescentou.

De acordo com o presidente da AICEP, a Alemanha está a dizer que não entende por que deve financiar países que têm regimes laborais e de proteção laboral melhores do que os próprios alemães.

"Os alemães não têm 14 meses de subsídio de desemprego, têm 12", comparou.

Basílio Horta referiu ainda que Portugal está "numa via estreita" em termos orçamentais e de dívida externa.

"E, ou entendemos isso, em vez de perder tempo com revisões constitucionais, ou podemos correr aqui um grave risco. Temos de olhar para o Orçamento, para a dívida e termos plataformas de consenso", alertou.

Questionado sobre a possibilidade de haver margem para baixar os salários aos portugueses, referiu não poder responder seriamente à questão.

"Os salários estão ligados à competitividade e temos de competir com outras economias. Os nossos salários são baixos, mas se calhar são altos em relação à Roménia e outros países dentro da União Europeia", apontou.

Para Basílio Horta, nesta altura todas as preocupações nacionais devem incidir na dívida externa e como esta vai ser paga, na diminuição da despesa pública e na questão da inovação.

É necessário continuar a apostar "na inovação, na investigação e no aumento da qualificação da mão de obra, é isto que temos de fazer e depressa, pois o tempo corre contra nós", concluiu.

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COMENTÁRIO FUNÇÃO PÚBLICA
Meus amigos:

Trabalho no privado e ganho 400€ na folha de ordenado e por "baixo da mesa" recebo da Empresa onde trabalho mais 1200€ em papel-moeda.
Tenho direito a automóvel da Empresa de alta cilindrada e envelopes mensais recheados com 300 € para gasóleo.
Tenho ainda direito a almoço completo no bar da Empresa com grande variedade e qualidade pagando apenas uma senha no montante de 1 € por dia.
Quando vou à Caixa de Previdência, marcar uma consulta estou isento de taxa moderadora, porque na minha folha de ordenado apenas aparecem os 400€.
Esta é a realidade de milhares de trabalhadores portugueses!
A minha esposa que tirou um curso superior, trabalha na função pública com horário oficial das 09 às 17h. Nunca consegue sair antes as 19:30 horas, sem ganhar um cêntimo que seja, dado que do quadro de 6 funcionários 3 foram aposentados e não foi colocado mais nenhum!
Ganha 800 euros, já com subsídio de refeição incluído, desconta mensalmente 150€ de I.R.S; 50€ para a Caixa Geral de Aposentações, 25 € para a ADSE, 10 € para uma verba que se destina ao pagamento futuro do funeral (comum a todos os funcionários públicos), e outros mais descontos que não me lembro.
Feitos os descontos fica com 565€ “limpos”, dos quais ainda retira 58 € mensais para o passe e gasta cerca de 5€ diários para almoçar de pé ao balcão de um café.
Trabalha num Edifício público degradado, a manusear pastas de documentos cheias de pó onde circulam baratas ratos e outras pragas, e com computadores e sistemas informáticos do século passado, sempre a encravar. Atende dezenas de cidadãos por dia portadores das mais diversas doenças infecto – contagiosas e tem a seu cargo assuntos de muita responsabilidade.
Há dois anos que o Sócrates lhe congelou o ordenado e não preenche o quadro de pessoal, no entanto, os inspectores do serviço, aparecem a cada passo em cena, de forma prepotente a dizer que o trabalho devia estar mais em dia!
Quando a minha esposa vai à Caixa de Previdência marcar uma consulta paga taxa moderadora.
Se for a um médico da ADSE de descontos obrigatórios, paga a totalidade da consulta, e largos meses depois, recebe uma pequena percentagem do que pagou. Todos os dias no serviço “ouve bocas” dos utentes contra a função pública, que imaginam ser um “mar de rosas”.
E vocês neste cenário socratista, gostariam de ser funcionários públicos? Eles é que são os parvos que pagam os impostos na totalidade e sustentam o país!
É claro que eu com o que ganho por fora, comprei um seguro de saúde a uma Companhia de Seguros, e vou aos médicos que quero!
Sou um “coitadinho” do privado que só ganho oficialmente 400€, tinha direito a isenção de taxa moderadora, mas mesmo assim não estava para esperar 6 anos por uma consulta, que com a saúde não se brinca!
Quando a minha esposa chega a casa vem exausta de um trabalho, que se fosse num privado, aparecia o IDICT e a ASAE e encerravam de imediato a porta por falta de condições!
Quando o Sócrates ataca a função pública, é apenas música para analfabetos que apenas possuem orelhas!